quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Confira as grifes que desfilaram no segundo dia do Fashion Rio


No segundo dia de Fashion Rio, moda vai do conceitual ao pop!


Desfile da Melk Z-Da


2nd Floor

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Direção criativa: Thiago Marcon 
Styling:  Letícia Toniazzo 
Beleza: Robert Estevão (cabelos) e John Stapleton/ MAC (make up)
Inspiração: Imagens lúdicas de Robin Hood, florestas e animais.
Cores: Tons de verde e vermelho que vão dos cítricos (verde limão e pitanga) aos escuros (verde escuro e bordô). Os jeans vêm em tons denim, repetidos em lãs que lembram jeans ou tweed.
Formas: Contornos clássicos, mas fluidos, com ganho de volumes nas aplicações e peças de pelos sintéticos.
Materiais: Peles sintéticas – como imitações de textura crocodilo e de pelos -, tricôs, algodão, seda, moleton e nylon.
Highlights: O estilista Thiago Marcon é também historiador e, para criar essa coleção, pesquisou antigos pôsteres de filmes e desenhos do personagem Robin Hood. Ficou de olho em ilustrações dos anos 30, que segundo ele, usavam tons saturados, por isso o uso de cores cítricas. A importância das estampas é bem grande nesta coleção: por exemplo, usando looks totais com a mesma padronagem. Assim, a mesma estampa é trabalhada em diferentes materiais e usados todos juntos: o tricô, a seda e, um ponto que pode ser tendência, na parte de cima dos sapatos. Tudo combinando, com humor e conhecimento fashion. “Tento transformar o clássico em pop. E mostrar pras pessoas que o clássico não é necessariamente careta”.
Clique no Link para conferir o desfile:
http://gnt.globo.com/moda/desfiles/Desfile-2nd-Floor-no-Fashion-Rio--inverno-2012-.shtml

Coven
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Direção geral: Liliane Rebehy
Direção de estilo: Susana Bastos
Estilo: Lucas Magalhães
Direção de desfile e cenografia: Zee Nunes
Styling: Pedro Sales
Beleza:  Robert Estevão
Trilha: Max Blum
Inspirações:  A sabedoria milenar da civilização Maia e o trabalho artesanal da cidade de Antigua, na Guatemala., misturados à “história da marca e de desejos contemporâneos”.
Cores: Tons invernais, como verde musgo, camelo e preto, alguns pontos de luz aparecem com as jaquetas em rosa ou verde mais vibrantes. Há muitas estampas e texturas, o ponto alto da coleção.
Formas:  As calças são mais justas, com a barra um pouco mais comprida e aberta, cobrindo o peito do pé; os vestidos são curtos e um pouco mais distantes do corpo, mais no geral a silhueta é mais seca.
Materiais: tecidos que simulam a textura do gorgurão dos teares maias, jacquard floral com tecnologia do tricô para reproduzir bordados feitos à mão
Highlights: A coleção é recheada de pequenas descobertas. Após a série de vestidos curtos que abre o desfile, aparece o que a marca saber fazer de melhor: criar texturas com tecidos e técnicas artesanais. Mesmo que o processo apenas simule esse efeito e não seja manual, o efeito das peças metalizadas e bordadas é muito bonito. Linda a jaqueta de lurex com matelassê, que aparece em verde e rosa e ilumina a coleção. Algumas padronagens lembram tapeçaria e teares manuais e rendem pelas peças. Outra surpresa foi a presença de Marcelle Bittar, que andava sumida e agora retorna às passarelas toda platinada.
Clique no Link para conferir o desfile:

http://gnt.globo.com/moda/desfiles/Desfile-Coven-no-Fashion-Rio--inverno-2012-.shtml

Melk Z-Da
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Direção criativa: Melk Z-Da
 Styling:  Melk Z-Da
Beleza: Helder Rodrigues
Inspirações: Bonecas de barro
Cores: Rosa pálido, branco envelhecido, caramelo
Formas: Mix de estruturados com fluidos, em cortes diversos nos vestidos longos, saias acima dos joelhos, mini jaquetas e muitas fendas, abas, camadas.
Materiais: Algodão natural resinado, tecidos sintéticos decorados com apliques de miçangas e pérolas (alguns apliques feitos com cerâmica).
Highlights: A imagem de bonecas é lembrada não apenas nos brancos amarelados, mas também na textura dos tecidos, duros, quase “crocantes” –  como se fossem vestidos de bonecas esquecidas no fundo de um armário. Nos looks finais os tules que envolvem as peças, também reforçam esse ar de um outro tempo, poeira, teias de aranha nos cantos. Mas o aspecto vintage está só no tratamento superficial porque as formas e o styling no geral nos mostram uma vontade de futuro.
Clique no Link para conferir o desfile:

http://gnt.globo.com/moda/desfiles/Desfile-Melk-Z-Da-no-Fashion-Rio--inverno-2012-.shtml


TNG

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Direção criativa: Tito Bessa Jr. 
Styling:  Maurício Ianês 
Beleza: Robert Estevão 
Inspirações: A harmonia entre cidade e campo 
Cores: Denim e tons terra 
Formas: Mistura de longos e curtos, para elas. Para eles calças slim, mais curtas ou dobradas. Godês e babados dão volume aos looks femininos. Para ambos, peças volumosas em tricô com fios mais pesados.
Materiais: A marca destaca principalmente o jeans eco-friendly, 100% reciclado. Além disso, mix de tecidos, tricots, moletons, malha denim e algodão de alfaiataria.
Trilha: Max Blum
 Highlights: Virou uma tradição – esperada pelo público – da TNG colocar protagonistas de novela na passarela. Desta vez os atores globais Carolina Dieckmann e Marcelo Serrado assumiram com descontração o espírito da marca, arrancando gritos da plateia. 

Clique no Link para conferir o desfile:

http://gnt.globo.com/moda/desfiles/Desfile-TNG-no-Fashion-Rio--inverno-2012-.shtml

fonte: FFW/GNT



quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Colagem criativa do Fashion Rio OUTONO/INVERNO 2012

©Romeu Silveira

Fashion Rio: Das passarelas para as ruas

Mix de estampas, comprimentos curtos, formas descontruídas: se o primeiro dia de Fashion Rio ainda é insuficiente para apontar tendências, mostrou ideias que têm tudo para ganhar as ruas neste inverno brasileiro mais ameno. 



Acquastudio, Herchcovitch e Patachou
Looks da Acquastudio (E), Herchcovitch e Patachou. Fotos: André Cherri

Acquastudio: A ideia das bolas aplicadas no tecido transparente das mangas não é nova: Marc Jacobs já fez. Não por isso é menos charmoso o jogo de esconde-esconde, associado à transparência listrada do top. A saia lápis com pregas na cintura, traz elegância e feminilidade. A botinha com meia que brilha quebra a sobriedade do look e tem tudo para ser hit.

Herchcovitch: Na linha casual do estilista, GNT elege o vestido jeans como objeto desejo. O denim ganham lavagem com respingos no vestido curto com as mangas arredondadas que têm sido vistas com frequência nas coleções do estilista. A bossa da modelagem é o grande bolso central, uma reprodução dos modelos clássicos das calças jeans five pockets.

Patachou: O conjunto de calça e túnica de seda faz o estilo pijama e não é para qualquer uma, mas transmite conforto e tem tudo para agradar mulheres elegantes, tal qual Dolce & Gabbana fez lá fora. 

Alessa e Patachou
Alessa (E) e Patachou. Fotos: André Cherri

Alessa: O mix de estampas veio imperativo e não é fácil, mas a estilista garante o equilíbrio na cartela quase monocromática. Os ombros de fora dão o toque de sensualidade no look largadão. A botinha de cadarço aparece mais uma vez. 

Cantão: Maxipull com pernas de fora tem tudo para ganhar as ruas. A peça do Cantão ganha o charme extra do ombro caído - e a grife brinca com a sobreposição mostrando que o visual funciona também nos lugares mais frios. A trança aplicada por cima é mais uma bossa.

fonte: GNT

Mel Fashion Design: Como usar saia longa

Mel Fashion Design: Como usar saia longa

Detalhes das coleções e desfiles FASHION RIO - OUTONO/INVERNO 2012 - de Alexandre Herchcovitch, Acquastudio, Patachou, Alessa, Cantão.

Alexandre Herchcovitch


Direção criativa: Alexandre Herchcovitch

Styling: Mauricio Ianes
Beleza: Robert Estevão
Inspirações: O clima jovem e fresco dos artistas novaiorquinos dos anos 80; a vanguarda cultural e estética da época.
Cores: Verdes, azuis, vermelho, laranja, camelo, cinza mescla, preto, marinho e offwhite. Na estamparia, o camuflado e o “respingado” dão o charme artsy extra à coleção.
Formas: Releitura dos anos 80, com adaptações para a época atual. É um olhar dos anos 80 sem o filtro do exagero. Há um contraste entre peças amplas e secas, soltas e estruturadas. A linha feminina ainda ganha alguns contornos da estética da lingerie, uma referência sempre presente nas coleções assinadas por Alexandre Herchcovicth.
Materiais: A marca Herchcovitch tem no denin sua principal matéria-prima. Ele aparece em diversas lavagens, claras e escuras, e também com pinceladas e respingos de tinta, ótimos momentos da coleção, que remetem às roupas dos artistas nos ateliês. Outro material usado é o pelo falso de carneiro, que forra corsets e jaquetas. Quem lembra da febre das jaquetas de couro ou veludo com forro de pelo de carneiro nos anos 80?
Novidades: Nesta coleção, a grife lança sua parceria com a MCD, marca de surf que resultou na criação de pranchas de surf e skate com a assinatura de Alexandre. 
Highlights: Desde que começou a desfilar também na temporada de Nova York, Alexandre passou a visitar a cidade com cada vez mais frequência. Se ainda hoje, em meio a crise e a concorrência com outras metrópoles, Nova York já é um vento fresco tamanho, dá para imaginar o quanto essa cidade ferveu nos anos 70e 80. Herchcovitch mirou nos 80´s, mas, como sempre faz, passou longe do movimento óbvio. Não olhou para a moda e sim para a arte, para a vanguarda cultural e estética de um Soho que começava a borbulhar liberdade e criatividade. Com inteligência, ele conseguiu desdobrar essas referências e, melhor ainda, simplifica-las em peças descomplicadas (jaquetas, calças, vestidos, camisetas prontas para usar) mostrando que uma coleção comercial, focada no jeans, pode ter um pensamento por trás e, principalmente, a identidade do estilista, que aparece em cada costura, em cada recorte.


http://gnt.globo.com/moda/desfiles/Desfile-Herchcovitch-no-Fashion-Rio--inverno-2012-.shtml

Acquastudio

Direção criativa: Esther Bauman
Styling:  Flavia Pommianosky
Beleza: Robert Estevão 
Inspirações: Reinterpretações dos anos 40 e 50 
Cores: A Aquastudio seguiu duas linhas de escolha de cores: invernais em sua maioria (azul fechado, vinho, cobre e outros metalizados) e, para provocar alguns “pontos de luz”, cores de verão como o rosa, o bege e alguns detalhes cítricos nos bordados.
Formas: Formas estreitas em looks estruturados, principalmente. Cinturas altas, saias abaixo do joelho, pouco volume. Mangas curtas ou médias. A finalização dos materiais leves (laminando por cima com uma espécie de resina) diminuía, intencionalmente, os volumes, para que tudo ficasse alinhado e quase geométrico, ou futurista.
Materiais:  Tecidos sólidos, como o algodão, o cetim, e o sintético “cyber” (espécie de imitação de couro) vieram combinados com os levíssimos tules e organza.
Highlights:  A escolha dos materiais e o modo como a estilista trabalhou com eles é o grande ponto da coleção. Se nas modelagens Esther quis manter rigidamente os padrões de elegância dos anos 40 e 50, nos materiais a criação foi bastante experimental e artesanal (peças trabalhadas manualmente, inclusive). Para recriar a textura, foram feitas aplicações, bordados e laminados sobre as transparências. Destaque para o vestido longo que vem com camadas de laminados em tie-dye. “Queria que as pessoas vissem as texturas de perto”, foi o recado que a estilista deu ao FFW antes de entrar na passarela. Caprichem no zoom!


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Patachou


Direção: Ruy Furtado
Estilo: Érika Frade
Styling: Pedro Sales
Beleza: Robert Estevão
Inspirações: O Oriente.
Cores: Tons terrosos, amarelos, laranjas, vinhos e pretos, tudo permeado por muito dourado.
Formas: Variadas, ora com cinturas marcadas por reinterpretações do obis (o “cinto” das vestimentas tradicionais japonesas), ora alongadas, ora marcadas por volumosos pregueados.
Materiais: Tecidos com brilho como o jacquard de seda, lurex, linho encerado e cetim de seda.
Highlights: Olhando para o Oriente, em especial a cultura e as vestimentas típicas do Japão, a Patachou se permitiu apresentar uma coleção com muitas experimentações misturadas a sua proposta mais comercial. Desse exercício de formas, texturas e sobreposições, sobressaem as peças que se apropriam de elementos orientais como a frente transpassada e os volumes localizados – mas de uma forma menos literal.


http://gnt.globo.com/moda/desfiles/Desfile-Patachou-no-Fashion-Rio--inverno-2012-.shtml

Alessa


Direção criativa: Alessa/ Dreamaholic
Styling:  Daniel Ueda
Beleza: Robert Estevão
Inspirações: Elementos orientais, como o tapete persa.
Cores: Vermelho, laranja, amarelo e marrom, em tons pouco saturados, menos vivos.
Formas: Fluidez, modelos que se formam no corpo, uso da técnica moulage.
Materiais: Crepe de seda, tricô, algodão, jacquard.
Highlights: As estampas criadas foram feitas a partir de fotografias de tapetes persas em alta resolução.  A mistura dessas padronagens orientais com elementos naturais brasileiros cria formas que informam muito sobre a identidade tropical. O que é uma vantagem pra nossa moda. “Quando viajo, procuro não me contaminar muito com informações visuais de fora do Brasil”.

video Desfile


Cantão

Direção criativa: Lanza Manzza
Direção do desfile e Cenografia: Zee Nunes
Styling: Pedro Salles
Beleza: Robert Estevão
Trilha: Max Blum
Inspirações: Conforto, sensações, “perceber o mundo de fora e o de dentro”; casulo, metamorfose, transformações
Cores: Off white, verde, amarelo, vermelho, azul, cinza e preto
Formas: Partindo da ideia do casulo, a coleção investe em formas arredondadas e casacos-mantôs em tricô, em versões mais curtas e compridas, que são a pura tradução de um inverno acolhedor. Meias e blusas de lã texturizada têm efeito segunda pele e servem de base para vestidos, jaquetas, casacos, salopetes e saias. Calças, saias, salopetes e vestidos têm estrutura despojada, ora mais amplos, ora mais próximos do corpo, sempre englobando a ideia de conforto.
Materiais: Gaze de linho, seda bordada, tweed de lã, malha mescla, couro, tricô de linho, tricô de seda rústica e lã texturizada
Highlights: Em sua última coleção, de Verão 2012, a Cantão apareceu mais solar, fresca e colorida. Nesta, que acaba de ser apresentada no Fashion Rio, ela está mais introspectiva e escura. Porém uma linha muito bem definida vem unindo com cada vez mais força as coleções da marca. É um certo despojamento, uma atmosfera “easy going” e relax, que faz a gente ter vontade de usar aquela roupa em qualquer estação, tiradas ali da passarela mesmo. O Inverno da Cantão também tem essa preocupação com o conforto e fala de abrigo e proteção. “Faço roupa para quem valoriza o ‘se sentir bem’”, diz Lanza Manzza, antes do desfile. A grife também tem uma equipe de criação antenada, que abastece o guarda-roupa de muitas jovens descoladas do Rio. Vale mencionar o ótimo styling de Pedro Salles e a sacada da polaina de tricô caindo por cima da bota amarrada que pontua os looks. O ponto alto vai para as peças com shape casulo, mas a visão de Aline Webber, Lady in Red, inteira de vermelho também é de tirar o fôlego.

Desfile